sábado, 25 de junho de 2011

Um passeio pela realidade


Sai de casa mais uma vez, para mais um dia de trabalho,entrei no ônibus, senti aquele cheiro de ônibus, sim, aquele cheiro que só ele tem, ao passar na  catraca cumprimentei ao cobrador, que por mais um dia, respondeu meu bom dia com mal humor, mais hoje eu estava diferente, esse pequeno detalhe me machucou um pouco, nos outros dias minha alegria não dava espaço para ficar me incomodando com o mal humor alheio, mais hoje foi diferente, comecei a prestar atenção nas coisas ao meu redor, entramos todos os dias nesse ônibus, praticamente pegamos ônibus no mesmo horário varias pessoas se trombam todos os dias, e o máximo que se dirigem um ao outro é " Licença por favor" . Com muito esforço, depois de aproximadamente 30 minutos consegui sentar, coloquei meus fones de ouvido como de costume e liguei na minha musica preferida " O nosso amor agente inventa- Cazuza" , e comecei a olhar pela janela, em cada ponto um MUNDO de gente, cada um de um jeito, uns engravatados, umas senhoras bem lindas arrumadas e cheirosas, outras senhoras humildes que vemos o sofrimento no olhar aquelas mães de família que lutam e lutam para manter a vida, posso ser injusta, não que as senhoras cheirosas não lutem, mais a cara de uma mulher mãe sofredora eu conheço muito bem, pois fui criada por uma.
O ônibus parou em um farol em frente a um bar, e lá tinha um senhor de aproximadamente 60 anos, aparentemente muito embriagado essa imagem durou apenas 25 segundos, mais ficou por minutos na minha mente, a pergunta que ficou ali fazendo hora era" O que será que leva uma pessoa chegar nesse estado?" "Eu sou jovem saio me divirto bebo com meus amigos, e ele com certeza já foi jovem, com certeza um belo jovem, sera que começou como eu estou começando?" Nossa o medo invadiu minha alma, mais invadiu derrubando tudo, até senti uma calafrio e uma dor no peito, é meus caros, na arte de fazer drama eu sou boa, mais não foi drama foi pura verdade,e pra piorar tudo passamos embaixo de uma ponte,e vi aqueles moradores de rua assim no canto, crianças, mulheres e homens, e a mesma pergunta, veio a perturbar mais ainda meus pensamentos, " O que fez eles chegarem até essa situação meu Deus? Como será que era o passado deles?" Tremi, olhei pro céu, e descobri que eu tenho medo do futuro, tenho medo de terminar igual essas pessoas, Não são miseráveis e nem menores que eu, mais essa vida de sofrimento seria muito pra mim.
Depois de uma viagem de 1 hora enfim meu ponto chegou desci, e logo a uma quadra entrei no meu serviço, cumprimentei a todos e perguntei a minha companheira mais chegada," Nossa Eduarda, ja percebeu como a cidade é tão triste e medonha?"

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